quarta-feira, 22 de junho de 2011

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Atenciosamente, Manoel Décio Estigarribia (autor).












quarta-feira, 12 de maio de 2010

PATRICK MORAZ


Patrick Moraz chegou ao Yes vindo do grupo Refugee, composto por Lee Jackson (baixo e voz) e Brian Davison (bateria), típica formação de trio onde as teclas absorvem o centro da ação musical. O Refugge nasceu do que sobrou da base do Nice, que era composto por Keith

Emerson (teclados), David O`List (guitarra), Brian Davison (bateria) e Lee Jackson (baixo e voz), sendo que a formação mais conhecida foi a de trio (sem David O´List).


Depois deste breve trabalho com o Refugee, que produziu apenas um disco, Patrick Moraz foi chamado por Briane Lane - empresário do Yes - para assistir uma jam com a banda. Isto acontecer em uma tarde de quarta-feira no mês de agosto do ano de 1974 na cidade de Londres. Logo no primeiro contato, Moraz ficou deslumbrado com o poderio da aparelhagem e com o robusto virtuosismo dos músicos do Yes. Realmente, foi um encontro de impacto, pois naquela época o Refugee tinha um bom público e até mesmo chegou a dar concertos para uma média de três mil fãs, mas as coisas no Yes tinham uma dimensão jamais vista pelo jovem Moraz. Tratava-se de um mega conjunto. Ele mesmo declarou para a revista Keyboard, em maio de 1991, que "devo dizer que precisei de um bocado de coragem para me sentar ao teclado e tentar acompanhá-los". É verdade que uma responsabilidade imensa lhe batia à porta. Essa mesma responsabilidade já havia recrutado o grego Vangelis para tocar no Yes antes de Patrick, e, para felicidade deste último, Vangelis não aceitou a empreitada. Patrick

Moraz teve apenas uma semana para dominar o repertório da banda, e logo depois deste período já estava na estrada com todo o time do Yes. Foi assim que ele entrou na rara música de quinteto.



Trata-se de um tecladista bastante experiente, que foi elogiado até mesmo por Rick Wakeman, na época ex-Yes. Mas o período era de tensão, pois Wakeman já havia saído do grupo. É Rick quem diz: "Pobre Moraz; eu admirava tanto seu trabalho, ele tocava com todo mundo importante na Europa; agora eu duvido que Jon e Chris o deixem desenvolver seu estilo próprio". Essa versão de Wakeman é bastante coerente com a versão que Moraz deu quando saiu do Yes em 1976. Este segundo mais importante tecladista de toda a história do

grupo entrou no Yes para marcar, com seu talento, o último verdadeiramente grande disco criado pelo quinteto. Esse tão esperado disco era o Relayer. O mundo, na época, sem saber, estava diante do último grande trabalho da segunda fase.
A posição histórica de Patrick é muito curiosa, pois ele tem um pé no último disco da fase de ouro - Relayer - e o outro pé na terceira fase. Esta oportunidade ímpar lhe rendeu a sorte de criar um disco somente seu: "The Story Of I". É neste disco solo que podemos sentir com maior precisão o talento deste músico que, infelizmente, trabalhou no Yes apenas de agosto de 1974 até novembro de 1976. Para alguns admiradores não muito bem informados, Patrick é um valor de pouco peso e puramente transitório. Esta opinião é devida a sua participação em apenas um disco; porém, muitos esquecem que Moraz tem vários discos solos de repercussão e também particupou a partir de 1978 da formação do Moody Blues.
Vejamos estes trabalhos mais de perto. No Yes, ele participou de dois discos. São eles: Relayes e Yesshows - este último contém apenas gravações de obras conhecidas, pois é uma coletânea -. Com o Moody Blues ele participou do Long Distance Voyager, Other Side Of Life, The Present e Sur La Mer. Os trabalhos solos são The Story Of I, Timecode, Co-Existence, Future Memories, Future Menories II, Patrick Moraz & Out In The Sun. Como convidado especial, ele esteve nos seguintes discos: Beginnings (Steve Howe), Fish Out Of Water (Chris Squire), Flags (Bill Bruford), Steve Howe Album (Steve Howe), Kilowatt (Kazumi Watanabe), Mainhorse (Mainhorse), Music For Piano & Drums (Bill Bruford), Perfect Timing (Kiki Dee) e Refugee (Refugee). É um currículo invejável.
Existem quatro fatores básicos que sua personalidade musical demonstra de maneira bem
transparente: 1 - Formação erudita; 2 - forte influência do jazz; 3 - amplo conhecimento da linguagem musical que lhe dá, com naturalidade, um tranquilo pocionamento em atividades como compor, dirigir, arranjar, orquestrar e executar os seus teclados. Em The Story Of I encontramos uma farta mostra deste comportamento polivalente, uma espécie de postura de músico total; 4 - o seu tão visível caráter eclético, algo que é tão comum no músico suíço, pode ser visto em sua aventura na música brasileira. SEGUE ..................
FRAGMENTO DO LIVRO ' YES - UMA RARA MÚSICA DE QUINTETO.
AUTOR; MANOEL DÉCIO ESTIGARRIBIA. PAG. 171,172.
ESTE LIVRO VC NÃO ENCONTRA NAS LIVRARIAS, APENAS DIRETAMENTE COM
O AUTOR.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

YES ALBUM - 1971 -


YES ALBUM - 1971 -





SEGUNDA FASE





Essa música, que tanto sucesso fez nos anos 70, em verdade nunca foi uma música popular no

mais significativo sentido da palavra. Ela está longe disto. Seu elitismo foi devido ao comportamento inovador dentro da linguagem do rock. Para inovar foi preciso buscar influência nas partituras da música ocidental do passado. Rrfiro-me à música erudita. A música erudita foi um real estímulo, e todos os mais importantes grupos do rock-progressivo devem muito a ela. Encontramos a viva demonstração disto na música produzida pelo Genesis, King Crimson, Gentle Giant, Jethro Tull, Emerson, Lake & Palmer e os italianos do Premiata Forneria Marconi, entre outros. O rock, que é um gênero musical de natureza tão simples, obteve sua renovação naquilo que é a antítese da simplificação, isto é, a música erudita. Nada poderia ser mais paradoxal; ao mesmo tempo, a fonte da renovação não poderia ser melhor. Esta unificação de popular mais erudito foi, como continua sendo, uma admirável receita não só para o rock, mas também para a música popular em geral. É no Yes-Album que essa influência desponta com um vigor bem transparente.


Escrever sobre estes cinco rapazes daqui para a frente não será "café pequeno". O disco agora analisado - o primeiro e importante trabalho da segunda fase - é fundamental e de nítida maturidade, real princípio de todo o período maduro, e, sem dúvida alguma, o trabalho base para o Yes chegar ao vigor de um Fragile, Close To The Edge, Tales From Topographic Oceans e Relayer. Como uma escalada predestinada, o Yes-Album é o terceiro e difinitivo passo para o prelúdio da grande vitória. O primeiro trabalho maduro foi bem no alvo. O Yes-Album venceu a dura escalada, e venceu tranquilo. Aqui estes cinco britânicos encontram, pela primeira vez, sua linguagem real, sólida e possante; sua robusta história começa a partir de agora.


Como um abalo cósmico, o trabalho ganhou os corações e mentes da juventude do princípio dos anos 70. Tudo, neste disco de apenas cinco canções e uma obra instrumental, é de excepcional qualidade. O forte estilo e a novidade no tocante à estrutura das formas deram um status de real liderança ao grupo. As composições agora têm formas mais sólidas. Esse simples fato iniciado em Time And A Word e desenvolvido aqui dá ao ouvinte uma maior percepção do fenômeno musical. Algo verdadeiramente novo começava a acontecer no panorama da música popular pois o gigantesco talento do grupo já podia ser notado.


Os cinco rapazes eram vistos como um singular acontecimento na música popular mundial.

E realmente o eram. Outro fator interessante era a postura de equilíbrio pessoal dos músicos:

vegetarianos, francamente polidos, virtuosos e inteligentes, artistas populares bem acima da média. Eram todos músicos consistentes, equilibrados, como gesticulações de palco nada apelativas, naturalmente sóbrios. Eram aquilo que podemos classificar como os bons meninos britânicos do início dos anos 70. Esta posição otimista diante da vida e diante da música pode, até certo ponto, ser vista como uma postura pós-Beatles ou neo-Beatles.


Afinal de contas, o Yes-Album agora era uma realidade inquestionável por todo o planeta. Suas quatro canções de impacto faziam parte da paisagem musical do mundo.


Então, por que não comentá-las ?


"Yours is no disgrace": Composição que tem como motivo maior de persuasão sua bem realizada estutura formal e sua força instrumental aliada ao impacto no tocante ao desenvolvimento. Essa obra mostra-se, em toda sua estrutura, com uma arquitetura muito bem trabalhada, claro expoente de uma inteligência musical acima da média, peça rara diante das composições da época. Verdadiera demonstração de um requinte intelectual dentro da música de rock, ela é composta incluindo valores musicais como introdução, variações, desenvolvimento, aumento e diminuição, reprise textual e claras seções de um moderado improviso; mostra de que os cinco rapazes eram determinados e sabiam o que estavam fazendo. Em resumo, é sua foça formal aliada a um bem estruturado desenvolvimento que mais chamam a atenção do ouvinte, e não, como muito podem pensar, a simples criação de uma bela melodia. Trata-se da mais bem realizada obra no campo da forma de todo o Yes-Album.


"I`ve seen all good people": Criação melódica nascida do gênio de Anderson, nada mais que uma vachalia (antigo instrumento musical de cordas dedilhadas), simples percussão e flauta doce. Essa canção de comunicação e encantamento imediato (principalmente a seção de título "Your move"), por sua simplicidade formal, é uma nítida antítese de toda a estrutura composicional de "Yours is no disgrace".


"Starship Trooper": Seduz o ouvinte pelo seu caráter múltiplo bastante característico, que são as seguintes seções: a) "Life seeker" (Anderson); b) "Disillusion" (Squire); c) "Wurm" (Howe). Sua colocação na terceira faixa do Lado A não foi por simples acaso, pois

"Starship trooper" não tem o impacto formal e instrumental de "Yours is no disgrace", nem tampouco a espontaneidade, o frescor e o encantamento imediatista de "Your move"; ainda assim, é uma peça de importância.


"Perpetual change": Impressiona, a princípio, por sua tão característica introdução, que mais

parece um gran-tutti orquestral. Trata-se, a rigor, de uma composição muito bem trabalhada que conquista mais pelo todo de sua feitura do que propriamente por trechos ou passagens geniais. É um dos grandes momentos do Yes-Album.


Mas a história deste disco não termina aí. Vejamos: Logo de início o trabalho abre com sete acontecimentos que marcariam toda a história do grupo. Primeiro: A participação do homem guitarra Steve Howe. Segundo: A criação coletiva. Terceiro: A composição de longo fêlego. Quarto: As canções agora são compostas em seções. Quinto: A exploração da polifonia vocal.

Sexto: É no Yes-Album que o grupo experimenta pela primeira vez uma mudança em sua formação. Fato na verdade banal, porém, esta atitude de troca-troca de músicos em seus quadros toma proporções bem mais profundas do que uma simples modificação do personagem A pelo personagem B. Sétimo: A exploração de uma composição integralmente instrumental. Para melhor análise, vejamos ponto a ponto estes sete itens.


Primeiro: Steve Howe demonstra sua qualidade como o guitarrista de maior envergadura que apareceu em toda a discofrafia do grupo. Logo em "Yours is no disgrace" o ouvinte percebe que sua guitarra é capaz de vôos nunca antes alcançados; no entanto, é em "The clap", esta bem humorada pela para violão solo, que o ouvinte mais pode admirar o virtuosismo e a capacidade melódica do talentoso Howe. Também é bom não esquecer a participação de Howe como compositor, que, em tese, foi importante para o vigor do Yes-Album. Das seis obras de todo o trabalho, ele esta incluído em três: "Yours is no disgrace" (Anderson-Squire-Bruford-Howe-Kaye), "The clap" (Howe) e "Starship trooper" (Anderson-Squire-Howe).


Segundo: Quanto à criação coletiva, "Yours is no disgrace" é o primeiro trabalho de composição em grupo que o quinteto assinou. Esta atitude de socialização composicional teria seu auge no Tales From Topographic Oceans e no Relayer.


Terceiro: Sobre as composições de ampla duração, "Yours is no disgrace", "Starship trooper", "Perpetual change" e, em um grau mais moderado, "I´ve seen all good people" são obras que marcam o primeiro e mais importante passo para essa tendência tão comum no rock-progressivo. "Your is no disgrace" foi a obra de maior fôlego criada em todo o Yes-Album. Sua duração é de nove minutos e trinta e seis segundos, uma simplória bagatela em comparação com o gigantismo que seria alcançado no Tales From Topographic Oceans.


Quarto: As canções agora são compostas em seções. Exemplo bem claro encontramos em "Starship troper": a) "Life seeker" (Anderson); b) "Disillusion" (Squire); c) "Wurm" (Howe). Um outro exemplo que não tem a mesma precisão mas, sem a menor dúvida, pode ser incluído como tal é "I`ve seen all good people". A seção "Your move" (Anderson) é a mais importante e a de maior força de comunicação e penetração na sensibilidade do ouvinte. "All good people"(Squire) conclui a peça com um interessante refrão.



Quinto: Essa primeira preocupação com uma mais profunda exploração vocal de raiz polifônica é vista inicialmente no Yes-Album. O efeito em "I`ve seen all good people" e em

"Starship trooper" é por demais acolhedor, e o Yes tem total consciência disto. O segundo passo dentro desta tendência é a canção "We have heaven" de Anderson (Fragile). De tempo em tempo o quinteto usaria deste inteligente recurso para melhor seduzir o ouvinte e conseguir resultados favoráveis. Em 1983, no 90125, essa tendência reaparece na brilhante "Leave it" (Squire-Rabin-Horn), e no Big Generator (1987) em "Rhythm of love" (Kaye-Rabin-Anderson-Squire) e na introdução de "Big generator" (Kaye-Rabin-Anderson-Squire-White). Quatro anos após este último, vamos encontrar mais uma vez essa mesma tendência sendo exposta na expressiva "Silent talking" (Anderson-Howe-Wakeman-Bruford-Elias). O disco agora é o Union, de 1991.


Sexto: 1 formação (junho de 1969 a janeiro de 1970) - Peter Banks (guitarra), Tony Kaye (órgão), Bill Bruford (bateria), Chris Squire (baixo), Jon Anderson (vocal). Discos gravados: Yes e Time And A Word.


2 formação (março de 1970 a agosto de 1971) Tony Kaye (teclados), Bill Bruford (bateria),

Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Jon Anderson (vocal). Disco gravado: Yes-Album.


3 formação (agosto de 1971 a julho de 1972) - Rick Wakeman (teclados), Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Jon Anderson (vocal), Bill Bruford (bateria). Discos gravados: Fragile e Close to The Edge.


4 formação (agosto de 1972 a maio de 1974) - Rick Wakeman (teclados), Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Alan White (bateria), Jon Anderson (vocal). Discos gravados: Yessongs e Tales From Topographic Oceans.


5 formação (agosto de 1974 a novembro de 1976) - Jon Anderson (vocal), Chris Squire (baixo),Steve Howe (guitarra), Alan White (bateria), Patrick Moraz (teclados). Discos gravados: Relayer e Yesterdays (coletânea).


6 formação (novembro de 1976 a fevereiro de 1980) - Jon Anderson (vocal), Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Alan White (bateria), Rick Wakeman (teclados). Discos gravados: Going For The One e Tormato.


7 formação (março a dezembro de 1980) - Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Alan White (bateria), Geoff Downes (teclados), Trevor Horn (vocal). Disco gravado: Drama.


8 formação (junho de 1983 a setembro de 1988) - Jon Anderson (vocal), Chris Squire (baixo),

Alan White (bateria), Tony Kaye (teclados), Trevor Rabin (guitarra e vocal). Discos gravados: 90125 e Big Generator.


9 formação (1991) - Jon Anderson (vocal), Chris Squire (baixo), Bill Bruford (bateria), Rick Wakeman (teclados), Trevor Rabin (guitarra), Alan White (bateria), Tony Kaye (teclados),

Steve Howe (guitarra). Disco gravado: Union.


10 formação (1994) - Jon Anderson (vocal), Trevor Rabin (guitarras, teclados e vocal), Chris Squire (baixo e vocal), Tony Kaye (órgão) e Alan White (bateria). Disco gravado: Talk.


A farta relação exposta acima é uma mostra do comportamento inquieto que reinou por todo o grupo. O que muita gente pode não saber é que o Yes, atrás de sua postura sóbria, coerente e de boa conduta, é um grupo que sempre brigou muito, pois não são poucas as hostilidades entre Anerson, Squire, Wakeman, Moraz, etc. Algumas dessas brigas podem ser vistas em determinadas passagens da história do grupo, como na saída de Peter Banks, acusado de preocupar-se mais com suas roupas do que com a música produzida pelo grupo. Outro ponto de atrito foi quando, em 1975, Wakeman, já fora do grupo, se apresentou no Brasil e fulminou a seguinte frase: "A música do Yes era para velhinhas que fazem tricô". Por outro lado, Anderson contraponteou dezendo que Wakeman "devia estar bêbado quando disse isso. Rick bebia demais nessa época, e sempre vinha falar mal de nós neste estado". As pancadas não

param por aí, e, quando tudo parece estar em perfeita paz celestial, mais uma confusão vem

à tona. O caso agora é a briga em torno da marca "Yes". Chris Squire não deixou Anderson, Bruford, Howe e Wakeman usarem o logotipo "Yes". A confusão, mais uma vez, estava literalmente montada. Anderson diz que "estava muito difícil e estranho conviver e fazer turnês com Chris. Por isso, era frustante ter que aguentar Chris e Trevor Rabin querendo fazer hit singles, aquela musiquinha fácil que se faz em Los Angeles". Quando o disco Anderson, Bruford, Howe & Wakeman foi gravado, Anderson afirmou que "Squire, bêbado lhe xingou de coisas incríveis". De qualquer forma, é Anderson que admite e diz que "Chris é poderoso, mas muito problemático. Prefiro estar cercado de cavalheiros".


Outro caso bastante polêmico foi a saída de Patrick Moraz. Wakeman tem sua versão e Moraz tem a dele. O fato é curioso; vejamos. Segundo o repórter Belly Altman, do jornal Rolling Stone, exclusivo para O Globo de quinta-feira, 13-10-77, a história tem o seguinte enredo: "Quando estava considerando a possibilidade de gravar outro álbum individual" e fazer talvez allguns concertos de vez em quando, "Wakeman soube, através de Brian Lane,

seu empresário e do Yes, que Patrick Moraz estava para sair do grupo às vésperas da

gravação de um novo LP, Wakeman correu para a Suíça, onde o Yes ensaiava e gravava,

e se ofereceu para trabalhar como músico de estúdio, em regime de colaboração. Quando ouviu algumas amostras das novas canções, ficou inteiramente surpreso.


É um absurdo. Aquele era o Yes que eu sempre imaginei.


Um pouco depois, numa festa, Chris Squire o convidou para ficar com a banda em caráter

permanente. Wakeman foi a Londres, fez as malas correndo, e voltou a toda para a Suíça.


(N.T. Patrick Moraz, o substituído, conta uma história diferente: Segundo ele, a volta de

Wakeman foi cuidadosamente preparada por Brian Lane, que estava preocupado com os

prejuízos que a carreira solo do tecladista vinha sofrendo; Lane teria contato, também,

com o apoio do próprio Yes, que se sentia incomodado com as interferências de Moraz na

criação musical do grupo e pressionado pela força da imprensa inglesa, sempre mais

simpática a um conterrâneo que a um estrangeiro como Patrick, de nacionalidade suíça)."


É fácil notar que a versão de Moraz tem um claro sentido de conspiração.


Seria tedioso continuar expondo essa série de acontecimentos desagradáveis. Como o próprio

Jon Anderson certa vez falou, a causa de tanta briga é "provavelmente porque somos de

lugares diferentes da Inglaterra. Se todos viessem de Manchester, por exemplo, isso não

aconteceria". E Anderson termina elegantemente dizendo que o "jeito é desejar amor para todos". E asim é o YES.


Sétimo: Essa tendência de criar peças integralmente instrumentais teve início com Steve

Howe na composição "The clap" (violão solo). No Fragile essa tendência encontraria seu

ponto máximo, pois Howe apresentou ao mundo sua melódica "Mood for a day" (violão solo).

Squire não deixou por menos e criou "The fish". O baterista Bruford atacou com sua micro

e original obra que é "Five per cent for nothing". E, para finalizar, o estreante Wakeman

entrava na ficha técnica do Fragile assinando o arranjo "Cans and Brahms". O que fora

iniciado por Howe no terceiro disco agora quadruplicava no quarto. Depois deste verdadeiro

show de solos instrumentais, esse mesmo comportamento reapareceria no disco 90125 de

1983 na curiosa obra de nome "Cinema" ( Squire-Rabin-White-Kaye). Depois disto vamos

encontrar esse comportamento no Union, nas obras "Masquerade" (Steve-Howe) e

"Evensong" (Bruford-Tony Levin); em 1994, o Yes dispara a bem elaborada

"Silent Spring", com apenas um minuto e cinquenta e seis segundos de duração.


O Yes-Album foi o primeiro disco constituído apenas de obras dos componentes da banda

e também o primeiro trabalho com o produtor Eddie Offord. O sucesso da canção

"Your move", que também foi gravada em compacto, dominou o mundo e abriu as portas

para o Yes.




Trecho do livro "YES - Uma Rara Música de Quinteto". Autor: Manoel Décio Estigarribia.


Fone: (21) 8747-9760


Mais sobre o livro no link abaixo:













quinta-feira, 29 de abril de 2010


TIME AND A WORD - 1970-






O primeiro disco é sempre um desafio, enquanto o segundo é um desafio ainda maior, pois é a

confirmação do território conquistado ao mesmo tempo em que a espectativa do público cresce

em comparação com o trabalho anterior. O que restaria a fazer em seguida ? Um segundo e

importante passo teria que ser dado.


É sobretudo fulminante o impacto inicial em "No opportunity necessary, no experience needed"

e "Then". A orquestra é aplicada com cautela e como elemento de especulação a procura de uma

linguagem mais definitiva, mais própria. Por toda a obra podemos sentir o forte e definitivo prelúdio da ascenção do primeiro disco maduro que é o Yes-Album. Tudo agora é mais nítido

porque o gradual movimento evolutivo está efetivamente funcionando. Nascem, neste disco, o

binômio Squire-Bruford e a primeira e última experiência orquestral; também encontramos

elementos suficientes de composição que afirmam o início do rock-progressivo. No entanto, o

salto que separa o primeiro disco do segundo é bem considerável, mas, todos os novos acontecimentos não terminam aí. Podemos encontrar fragmentos de jazz-rock no arranjo "Everydays"; também nos deparamos com a última participação do guitarrista Peter Banks e percebemos uma maior participação de trechos exclusivamente instrumentais. Outro fator bastante importante é a clara afirmação do cantor-compositor Jon Anderson como o criador

número um do grupo. Este título de liderança pode ser notado não só pela qualidade, como também em termos de quantidade de obras criadas.


O vigor instrumental agora é bastante claro. As canções estão nutridas de maior maturidade, o requinte arquitetônico naquilo que tange a forma musical é um do pontos de maior relevância em Time And A Word. Este requinte arquitetônico é a manifestação dos primeiros e mais sólidos

passos do progressivo-rock. Estamos, então, no iluminado e poético ano de 1970, data de fundamental importância não só para o rock como para a música popular mundial pois foram os anos do rock progressivo.


Apesar de tudo isso, o Yes ainda procurava seu caminho, articulando seu destino e abrindo um

maior espaço. As canções que encantariam milhões de seres humanos por todo o mundo ainda estavam para serem escritas. A maior prova de tal fato é a gravação ao vivo do álbum triplo Yessongs (1973) que não contém uma só música dos dois primeiros discos.


A verdade é que os cinco rapazes batiam forte, pesado mesmo, e a prova de suas forças era a bem elaborada construção deste segundo trabalho. Tudo indicava que uma explosão de acontecimentos começava a ocorrer. Apesar de toda a forte personalidade de Time And A Word, os cinco músicos ainda estavam entre a canção de fácil refrão, no intuito de conseguir um efeito de rápida assimilação para, sob uma ótica bem provável, obter uma rápida popularidade ("Sweet Dreams" e "Time and a Word"), e as primeiras articulações do rock-progressivo ("The Prophet", "No experience needed", "Every Days" e "Astral Traveller"); já eram, porém, articulações bem mais expressivas do que no primeiro trabalho. Todavia, a canção "Then" (Anderson) deve ser vista como um intermediário entre estas duas posturas. Esta composição, típica criação melódica de Anderson do período ainda imaturo, tem elementos músicais que podem ser classificados como um trabalho pré-rock-progressivo. Sua seção inicial, que é cantada, contém desenhos melódicos claramente alusivos àquilo que já classificamos como o "refrão de fácil assimilação". Outro ponto inesquecível em Time And A Word, não só por sua

singularidade, mas também pelo seu encantamento, é a canção "Clear Days". Essa cativante obra que não tem o acompanhamento normal de um conjunto de rock, isto é, baixo, guitarra, bateria e etc. , consegue, apenas com um pequeno conjunto de cordas e um piano acústico, aliados a uma bela melodia, demonstrar a forte raiz lírica do talentoso Anderson.Trata-se de um acolhedor momento de simples e bela música.


A pretensão do sinfonismo neste segundo disco é bastante visível. Esta pretensão não apenas está nas canções acompanhadas pela orquestra; este sinfonismo, talvez não consciente, aparece, bastante evidenciado, em vários trechos das canções elaboradas e executadas apenas pelos cinco músicos, isto é, quando a orquestra está em total pausa. É bom deixar claro que não é um sinfonismo ao pé da letra. O que ocorre são evocações orquestrais, pinceladas que induzem o panorama auditivo para uma perspectiva orquestral. Os exemplos são fartos em todas as composições que têm acompanhamento orquestral. Para melhor classificação, citemos: 1) "No opportunity necessary, no experience needed" (Feldman), composição de Ritchie Havens; 2) "Then" (Anderson); 3) "Everydays" (Campbell-Connelly); 4) "The prophet" (Anderson-Squire);

e, por último, uma obra sem a participação da orquestra mas que pode ser classificada como tal:

É a canção "Astral Traveller" (Anderson).


Sim, é verdade. Time And A Word é um disco apaixonante. O único motivo de não podermos classificá-lo dentro do período de maturidade é o fato de Time And A Word não apresentar, ainda, a linguagem definitiva do grupo, ou seja, o forte estilo do Yes; caso contrário, essa primeira gesticulação do rock-progressivo poderia, de maneira bem acomodada, fazer parte da relação dos mais importantes discos do grupo. De qualquer forma, é um trabalho devastador em quase

todos os aspectos: Time And A Word é a latente e concreta prova de que o tempo somado ao talento torna-se o senhor absoluto da evolução.


Para melhor observarmos esse franco processo evolutivo, notemos todo o percurso do Yes-Album que vem a seguir.
Autor: Manoel Décio Estigarribia. Fone: (21) 8747-9760
Mais informações e outros textos sobre o Yes basta clicar em link abaixo:

YES UMA RARA MÚSICA DE QUINTETO EM LIVRO


trechos do livro "YES - Uma Rara Música de Quinteto" com 208 páginas.



PRIMEIRA FASE



YES (1969)



Estamos em junho de 1968, data de nascimento do Yes e também de uma série de acontecimentos que marcaram a história da década de 60, principalmente quanto aos Estados Unidos da América do Norte que continuava mandando os seus meninos para a barbárie do sudeste asiático, no Vietnã, onde 50 mil deles seriam sugados pela morte. As universidades americanas explodiam contra o banho de sangue. Oposto à violência, a anti-cultura estava no ápice de sua força e os saudosos hippies agitavam prazerosamente suas bandeiras e pregavam "faça amor e não a guerra". Um grande homem chamado Martin Luther King foi assassinado em Memphis, em 4 de abril de 1968, e o congresso dos Estados Unidos instituiu, em 1986, um feriado nacional em sua honra. O trecho dos discurso se tornou um símbolo da liberdade. Assim falou Luther King: "Eu tenho um sonho (...) que meus filhos possam viver um dia numa nação em que não sejam julgados pela cor da pele, mas sim por sua maneira de ser". A luta entre brancos e negros na América do Norte tornava-se cada vez mais complexa após a morte do grande homem Luther King. Os tanques da União Soviética invadiam covardemente a pequena Tchecoslováquia e a primavera de Praga tornava-se um símbolo mundial de liberdade.


Aqui no Brasil os estudantes protestavam contra a ditadura militar, e no Rio de Janeiro, com a morte do estudante Edson Luís, uma grande revolta desencadeou uma passeata com aproximadamente 100 mil pessoas ! Os nervos da nação estavam em chamas. O terrível 13 de dezembro de 1968 marcou nossa história com a aparição do abominável AI-5. Resultado: O congresso é fechado, a imprensa é censurada e as garantias constitucionais sãos suspensas. Ainda no Brasil, Consuelo de Castro escreve a peça "Prova de Fogo" em 1968, que só foi encenada em 1993 em São Paulo. "Prova de Fogo" é uma breve viagem no tempo onde encontramos expressões como "imperialismo", "luta contra a ditadura", "Che Guevara", "Fidel Castro" e "Marcuse". Na Índia, no México, na Inglaterra, na Alemanha e no vizinho Uruguai, a juventude se manifesta exigindo liberdade e melhores oportunidades. Em maio de 1968, os jovens de Paris cantavam o seu grito de "liberdade ! liberdade!". O histórico protesto no Quartin Latin é transformado em praça de batalha. A França, e principalmente Paris, pode ser vista como o termômetro político da juventude do ano de 1968. Os slogans deste conturbado ano são os seguintes: "É proibido proibir"; "A imaginação no poder"; "Queremos tudo e tudo imediatamente"; "Deus está morto, Marx está morto, eu não me sinto bem"; "Somos todos judeus alemães"; "Seja realista, peça o impossível". Segundo Alain Krivine (um dos poucos líderes de maio de 1968 que ainda continua pensando da mesma forma), "o declínio da esquerda tradicional começou em 68. Foi lá que, pela primeira vez, ela foi questionada seriamente. houve uma profunda mudança na correlação de forças na esquerda. o Partido Comunista perdeu popularidade e o Partido Socialista cresceu".


Foi exatamente no meio desse ano de tantas transformações que o Yes nasceu. O panorama musical da época não ficava por menos; o rock estava em seu grande momento pois o movimento progressivo, que na época estava apenas surgindo, já podia ser sentido. Era como um fresco odor de perfume no ar. Todavia, existiam outras importantes correntes, e dentre elas estava o hard-rock. Foi em 1968 que o Led Zeppelin gravou seu primeiro disco, de nome Led Zeppelin I, e o Deep Purple assinou o trabalho "Shades Of Deep Purple". A dupla Simon and Garfunkel mostrou para o mundo canções como "Scarborough fair" e "Mrs. Robinson".

O Rolling Stones gravou o expressivo "Beggar`s Banquet. O guitarrista Jeff Beck gravou

o álbum "Thruth". Em 1968, a ópera rock Tommy (The Who) explodiu com fulminante sucesso por toda a Europa e o gênio responsável por tudo isso era o jovem Peter Townshend, que na época tinha apenas 23 anos de idade. Tommy estreou no Coliseum de Londres e em 1969 entrou em temporada no Metropolitam Opera House de Nova York, e depois, ainda no ano de

1969, fez sucesso também no Festival de Woodstock. Tommy foi um sucesso jamais repetido

pelo Who. Também foi em 1968 que a peça Hair, de Gerome Ragni e Jamers Rago, com música de Galt McDermot, teve sua noite de estréia num pequeno teatro no Village, em Nova York. Depois de um curto período, Hair vai para a Broadway e rapidamente vira um sucesso mundial. Um ano depois (1969), Hair recebe uma versão brasileira. Em 1979, Milos Forman transforma a peça em filme, e em 19 de novembro de 1993 estréia pela quarta vez em São Paulo.


Continuando a relação, vemos o Pink Floyd lançar o Saucerful Of Secret e a cantora Janis Joplim (1943-1970) gravar, no auditório Filmore, em São Francisco, o seu álbum ao vivo Cheap Thrills. E, para terminar, os Beatles, já um tanto cansados do sucesso, lançaram o álbum duplo The Beatles que é mais conhecido como Álbum Branco.


Tudo isso aconteceu em 1968. Realmente foi um grande momento; Londres era o centro

nervoso e intelectual do rock em todo o planeta. A velha e charmosa Londres cheirava a música, e o Yes nesta época começava a trilhar sua aventura musical.


Nossa história começa com o encontro de Jon Anderson e Chris Squire no bar londrino Club La Chasse. Estamos, então, em uma fria noite no ano de 1968. Squire foi apresentado a Anderson por Jack Barrie, que, naquela época, era dono do clube e também um modesto empresário de bandas em início de carreira. Anderson e Squire se olharam e começaram uma conversa que somente terminou no dia seguinte no apartamento de Chris. Ainda na mesma noite, Jon e Chris, acompanhados de dois violões, começaram a compor algumas canções. A ideia inicial era fazer um grupo com muita música vocal, o que não era muito explorado na época. Deste mágico encontro nasceu a ideia de Anderson tomar parte do frágil Toy Shop, que durou apenas de janeiro a junho de 1968. A formação do Toy Shop era Jon Anderson (voz), Peter Banks (guitarra), Chris Squire (baixo), Clive Bailey (guitarra) e John Cymbal (bateria). Porém, o grande acontecimento, o nascimento do Yess, ocorreu ainda em junho de 1968. Em verdade, o Yes foi o que sobrou do espectral Toy Shop acrescido do organista Tony Kaye, indicado por Peter Banks, além da participação de um estudante de arquitetura de sobrenome Bruford. Eis a primeira formação do Yes; eis o Yes que por um golpe de sorte ( ou destino) abriu o concerto do poderoso Cream de Clapton, Bruce e Baker. Em dezembro de 1968 o quinteto seria posto a toda prova, pois o concerto de despedida do Cream foi no Albert Hall de Londres e a numerosa platéia era a mais exigente que o ainda desconhecido Yes tinha visto em sua frente. O momento, certamente, era de tensão. O Yes passou vitorioso no teste. Após o concerto, Anderson ou Squire (não se sabe ao certo quem) afirmou: "Nós ficamos convencidos que 69 seria o nosso grande ano". Foi o ano do primeiro disco. Foi o ano do grande início. Foi o primeiro passo para uma história de sucesso aliada a um alto nível instrumental e, o que é mais raro, um alto nível em termo de criação.


No ano de 1969, o Yes nascia para o primeiro disco e começava a dar e impor seus primeiros passos. Um mundo de glórias esperava esses cinco garotos que, em tão pouco tempo, apresentavam sinais de maturidade musical acima da média para um grupo tão jovem e com um breve período de existência. A força instransponível de um raro destino impulsionava estes cinco personagens para o sucesso. Este primeiro disco, apesar da pouca experiência, é de importância substancial para analisarmos o fenômeno da rápida evolução.


Aqui encontramos o início de tudo, todos marinheiros de primeira viagem oceânica. Neste disco de estréia, temos fragmentos da música de Bach, arranjos de canções de Moguim e Crosby e Lennon e McCartney, improvisações jazzísticas e também baladas de tonalidade ingênua e juvenil. Nesta estréia, deparamo-nos com um Yes ainda cheirando a leite e, de maneira ainda um tanto tímida, experimentando. A juventude fluía delicada e talentosa. Mal poderiam imaginar que um destino de vitórias estava para acontecer.


O disco abre com a parceria Squire e Bailey (antigo Toy Shop) com a canção "Beyond and before". Logo de início, é visível a preocupação com a estrutura da composição; a estilística do grupo é apresentada, embora ainda timidamente. Em "I see you" (Moguim-Crosby), o quinteto é visto fazendo arranjos de música de compositores não pertencentes ao grupo (poucas vezes o conjunto prestou-se a este tipo de trabalho). O disco também nos traz uma canção de suavidade ímpar, "Yesterday and today" (Anderson). Nesta breve canção, sentimos, com nitidez, o poder da inteligência melódica de Jon Anderson. Tudo se resume na mais simples melodia. A parte instrumental é bem discreta. Trata-se, a rigor, de uma canção de inspiração bastante espontânea.


Em essência, a preocupação do trabalho está centralizada na criação de sedutoras melodias e nada mais. Todas as oito canções demonstram isto; porém, não existe ainda uma madura consciência sobre o rock-progressivo e sua importância para a história da música popular. O que encontramos são fragmentos, ainda bastante elementares, do novo-rock que estava para surgir em grandes proporções. A composição "Survival", com sua singular introdução com mais de dois minutos, é uma boa demonstração disso.


Yes, os disco, como primeiro trabalho, merece atenção. O quinteto preludiou sua discografia com um disco (apesar de simples) sincero e de forte musicalidade natural. O primeiro passo estava dado. O Yes finalmente nascia para a Londres do final dos anos 60. Como tudo isso não bastasse, este trabalho também deu ao grupo, junto com o Led Zeppelin, o título da banda mais promissora de 69, e a revista que classificou o conjunto como tal foi a Melody Maker.




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